EFEITOS BIOQUÍMICOS E FISIOLÓGICOS DA DESIDRATAÇÃO DURANTE EXERCÍCIOS DE ENDURANCE
Autor(es):
Marilene Alves Vilar: Discente do Curso de Nutrição da FARN
Francisco José Pinto de Freitas: Discente do Curso de Nutrição da FARN
Stênio José Barbosa dos Santos: Discente do Curso de Nutrição da FARN
Rafaely Heloize de Oliveira Leite: Discente do Curso de Nutrição da FARN
Orientador(es):
Everlane Ferreira Moura
Instituição de Ensino: FARN
Fabiana Barbosa Gonçalves
Instituição de Ensino: FARN
(INTRODUÇÃO) A água é fundamental para manutenção de todas as nossas funções vitais. Um organismo normal mantém seu equilíbrio hídrico entre o ganho e a perda diária de água, que corresponde à eliminação pela urina, fezes, evaporação nos pulmões, respiração e pela formação do suor, dependendo de fatores ambientais e do grau de atividade física. Na desidratação simples, por água pura, é comum a presença de hipernatremia e hiperosmolaridade plasmática. Com um déficit maior de água aparecem sinais biológicos de hemoconcentrações. No entanto, um déficit de água plasmática resulta em uma depleção hidroeletrolítica, ou seja, perda simultânea de água e sal. A hiper sudorese pode provocar perdas hidrossalinas significativas. Durante a prática de exercícios intensos, com elevada temperatura e umidade ambiental, as perdas podem ser maiores, chegando entre cinco a seis litros de sudorese por dia, com conseqüente diminuição da osmolaridade, devido à hiponatremia, com freqüentes câimbras musculares e alterações do peso, podendo levar o atleta a um declínio na performance cognitiva e mental. A resposta fisiológica a uma depleção hidroeletrolítica significativa verifica-se na diminuição da volemia, do gasto cardíaco, queda de pressão venosa central, insuficiência renal, além de catabolismo tecidual, com balanço negativo de nitrogênio. De acordo como o exposto, o presente trabalho faz um análise dos efeitos da desidratação em praticantes de atividades de endurance, principalmente em maratonistas, visando alertar aos atletas de endurance da cidade do Natal, quanto a ingestão de níveis adequados de água e soluções de eletrólitos, antes,durante e após a prática dessas atividades para manter sua performance.
(METODOLOGIA) O trabalho foi realizado através de uma revisão bibliográfica em artigos científicos, sobre estudos realizados no período de 2000 a 2010, a partir dos quais foram investigados casos de desidratação e performance em atletas de endurance.
(RESULTADOS) Os dados da literatura estabelecem que o desempenho físico dos atletas desidratados é
prejudicado nos exercícios de endurance, tais como maratona e corrida de aventura. Existe também a
possibilidade de ocorrer o mal estar devido ao calor quando o indivíduo inicia os exercícios nessa condição. A ingestão de grandes volumes de bebidas sem eletrólitos causa uma diminuição da osmolaridade que suprime a sede e também estimula a produção de urina. De acordo com o estudo, a reidratação correta, de forma a manter a performance desses atletas, requer a reposição da água perdida, assim como bebidas que regulem os eletrólitos e a concentração plasmática, que por sua vez suprime a sede e estimula a produção de urina.
(CONCLUSÃO) Baseado nesse estudo, conclui-se que a ingestão de água potável não é a via mais efetiva para promover a reidratação, pois a bebida deve conter quantidades quimicamente equilibradas de sódio e potássio, para manter o nível de osmolaridade plasmática e não reduzir o rendimento dos atletas praticantes de atividades de endurance pelo fator desidratação.
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